Essa madrugada tomamos um susto! E que susto!
Davi acordou as 02:16 h gritando e vomitado.
Tinha gorfo até dentro do nariz. Quando peguei no colo, ele estava tentando
vomitar e não conseguia, estava até vermelho de tanto fazer força. De instinto o
coloquei de bruços e comecei a dar tapinhas de leve nas costas porque achei que
estava engasgado. Ele até arrotou, mas continuou chorando.
Saímos às pressas para o Pronto Socorro. Chegamos
lá, os sinais vitais estavam normais e foi só um susto. Davi foi medicado,
colheram os exames de sangue e urina e ai ficamos tranquilos.
Enquanto eu olhava as enfermeiras acharem a veia
do Davi pra colocar o acesso do Soro, comecei a pensar em como o sentimento
materno cresce forte dentro de nós. E em questão de segundos, passou um filme na
minha cabeça desde quando descobri que estava grávida até aquele momento
crítico de ver meu filho ali com aquele acesso do soro na veia da sua mão tão
delicada e frágil.
Depois que somos mães, nossa vida dá voltas! Tudo
muda em sua vida quando aparecem as duas listras no teste de gravidez, certo? Talvez!
Muitas mulheres esperam essas duas listrinhas
ansiosamente e tantas outras torcem para que elas não apareçam juntas. Conheço
mulheres que fazem duas, três vezes com a esperança de que não seja verdade a
aparição dessas listrinhas no teste.
A verdade é que nossa vida muda depois que o
teste dá positivo! Dá até pra dizer que saímos do banheiro com o sentimento
materno aflorado.
No meu caso foi diferente, não senti emoção,
porque essa tão esperada segunda listra não apareceu... Pelo menos não da
maneira como eu imaginei. Depois de mais de uma hora meu marido me trouxe o
teste com uma segunda listra muito fraca, que mal dava pra ver. Claro que
depois fiz outro teste de farmácia e um exame de sangue.
E foi somente com o exame de sangue em mãos que
aquele sentimento todo, um misto de alegria, medo e espanto, veio a tona!
Não dá para explicar o sentimento na hora em que
temos a confirmação: “estou grávida e agora?!”. É um sentimento que cresce a cada dia, a cada enjoo, a cada movimento, a cada ultrassom...
E foi esse filme que passou em rápidos 5 minutos
em que estavam furando meu pequeno. As lágrimas escorriam dos olhos dele pela
dor e dos meus por querer que essa dor fosse minha.
Quando somos mães nosso coração para de bater
dentro do peito e passa a bater fora do corpo.
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