quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Diabetes

Ter um blog não é das tarefas mais fáceis. 

Como escrever todos os dias com assuntos diferentes e que não sejam cansativos para os leitores?!

Assunto pra escrever sempre tem, qualquer tema vira post, mas nem sempre são os mais atrativos.

Escolhi para hoje o tema Diabetes, algo comum pra mim que convivo com ela diariamente e que muitas mulheres desenvolvem durante a gestação.

O Diabetes é uma doença metabólica crônica caracterizada por hiperglicemia, isto é, um aumento da taxa de açúcar no sangue.

Descobri que era Diabética do tipo 1, aquele que o organismo não produz insulina, há 2 anos atrás, quando estava prestes a me casar.

O que poucas pessoas sabem é o risco que ela representa para a mãe e principalmente para o bebê.

As vezes até temos noção mas não nos damos conta disso.
Eu mesma só fui descobrir o quão sério era com 28 semanas em exame de rotina.

Quando engravidei a ginecologista que me acompanhava me deu uma bronca e disse que com a Diabetes descompensada (que era o meu caso), existe uma possibilidade de 30% de má formação cardíaca no feto. Mas o que fazer quando já se engravidou?! 
Cuidar da alimentação,  fazer exercício físicos, tomar as insulinas nos horários certos e fazer os controles dos destros (índice da glicemia).

Com 28 semanas, o diagnóstico do Eco Dopler Fetal foi um CIV pequeno de 2 mm no coração do meu pequeno. 

Para quem não sabe, o CIV ou Comunicação Intraventricular é um buraquinho no coração. Na maioria dos casos é inofensivo e pode fechar até o nascimento ou após 6 meses. Mas dependendo da localização pode ser que necessite de uma cirurgia corretiva onde um patch com o próprio tecido do paciente é colocado sobre o orifício a fim de fechá-lo.

Quando retornei ao obstetra com esse exame, ele, após analisar tudo com cara de paisagem, me diz : "Seu bebê tem uma cardiopatia, sua gestação é de alto risco e a partir de agora você precisa ser acompanhada por uma equipe especializada."

Tá! Fácil assim receber essa noticia quando se está a pouco mais de dois meses da data prevista para o parto... #sqn

Após passar por 4 obstetras, conheci a Dra Angélica que me acompanhou até o fim da gestação e fez meu parto. Foi ela quem me explicou os riscos que um índice glicêmico alto na mãe causam ao bebe.

Afinal, que riscos são esses?!
* retardo de crescimento do feto
* morte fetal ou neonatal sem causa aparente
* aumento excessivo de peso na gravidez
* altura uterina maior do que a esperada para a idade da gestação
* crescimento acentuado do feto
* presença de grande quantidade de líquido amniótico

Com todos estes riscos passei as 8 ultimas semanas da gestação com muitos cuidados, exercícios físicos, alimentação saudável e muito repouso.

Graças a Deus correu tudo bem, esse fim de gravidez foi tranquilo e meu bebe nasceu saudável e forte. O CIV dele é pequeno e pode ser que feche.

Relatei tudo isso só para mostrar a vocês a importância de ter ao nosso lado bons profissionais com muito conhecimento para nos auxiliar.



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